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Juros mais altos e desaceleração da economia podem piorar níveis de inadimplência; veja como se preparar

  • Foto do escritor: Peter Lobato
    Peter Lobato
  • 3 de fev.
  • 2 min de leitura

Expectativa de um crédito ainda mais caro e restrito acende uma luz amarela sobre o endividamento no país. Consumidores devem revisar orçamento e contratos de crédito.

Por Isabela Bolzani, g1

Carteira, dinheiro, inadimplência, comércio, dívida - Presidente Prudente (SP) — Foto: Bárbara Munhoz/g1
Carteira, dinheiro, inadimplência, comércio, dívida - Presidente Prudente (SP) — Foto: Bárbara Munhoz/g1

A nova alta de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), anunciada na quarta-feira (29), levou a taxa básica do país (Selic) ao maior patamar desde setembro de 2023 – e agora acende uma luz amarela sobre o endividamento no país.

Segundo especialistas consultados pelo g1, o movimento, somado à indicação de possíveis novas altas, deve tornar o crédito mais caro e restrito, aumentando a perspectiva de que as taxas de inadimplência podem subir.


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Esse cenário ocorre após um período favorável para a economia. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, até os três meses encerrados em setembro de 2024, o país registrou uma sequência de 13 trimestres positivos no Produto Interno Bruto (PIB).

Esse bom desempenho reflete o aumento do consumo das famílias, que tem sido impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido.


No entanto, segundo Merula Borges, especialista em finanças da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), esse cenário tende a mudar.


“A inflação tem sido persistente, o que faz com que as famílias acabem precisando usar uma parte maior do orçamento para despesas básicas, sobrando menos espaço para o consumo. Isso, somado ao aumento de juros, também impacta a capacidade de pagamento de dívidas”, explica.

Os juros são uma ferramenta usada pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ou seja, os juros sobem para reduzir o consumo das famílias e, consequentemente, diminuir a inflação – e vice-versa.


Por isso, especialistas indicam que a última alta das taxas anunciada pelo Copom já era amplamente esperada pelo mercado. Além de uma atividade econômica ainda forte, há grande incerteza sobre o futuro das contas públicas do país — outra variável que influencia as expectativas de inflação.


Segundo Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio da Multimarcas Consórcios, a nova alta da Selic pode acabar aumentando o endividamento das famílias e comprometendo sua capacidade de pagamento.


"Quando a taxa de juros sobe, as parcelas tendem a aumentar e muitos brasileiros podem ter dificuldades em manter seus pagamentos em dia. Isso leva a um aumento da inadimplência, dificultando ainda mais o acesso ao crédito e comprometendo a recuperação econômica das famílias", diz.

Por isso, especialistas indicam que, apesar de a concessão de crédito ter crescido nos últimos meses e da inadimplência não ter aumentado significativamente, a expectativa é que este ano seja “mais difícil”, com crédito mais caro e restrito para o consumidor final.


“E do lado das instituições financeiras, quando a taxa básica aumenta, sobram dois caminhos: ou elas emprestam menos, ou emprestam no mesmo nível, mas correndo um risco maior de inadimplência”, explica Caio Macedo, vice-presidente de estratégia e marketing da Equifax Boa Vista.

g1

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