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NEGÓCIOS

10 setores em alta para empreender em 2025

Segmentos mais buscados em 2024 refletem interesse crescente de empreendedores para o próximo ano, segundo o Sebrae

Estímulo , São Paulo

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Empreender é o sonho de seis em cada 10 brasileiros, segundo edição mais recente do relatório da GEM (Global Entrepreneurship Monitor), pesquisa que contou com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

Apesar da desafiadora tarefa de gerir o próprio negócio, a independência e autonomia do empreendedorismo são ambições de mais da metade da população adulta • RoboAdvisor via Pixabay

Apesar da desafiadora tarefa de gerir o próprio negócio, a independência e autonomia do empreendedorismo são ambições de mais da metade da população adulta (cerca de 51 milhões de pessoas), que afirmam que abrir o próprio negócio é um dos seus principais objetivos no curto prazo.​

O desejo se torna ainda mais evidente durante os meses de dezembro e janeiro, momento em que grande parte da população traça os principais objetivos e metas para o ano que se inicia.

Colocar o plano em prática depende, em boa medida, de uma profunda pesquisa de mercado e uma avaliação criteriosa dos setores em alta, de olho em investimentos certeiros e em segmentos com os quais os aspirantes a empreendedores realmente tenham certa afinidade e conhecimento.

 

De acordo com Luciana Macedo, gestora nacional do Sebrae, os segmentos mais promissores para 2025 serão uma extensão dos setores mais populares de 2024, tendo em vista que mudanças de mercado costumam acontecer no longo prazo, e tendências de negócio — apesar de em constante transformação — já são incorporadas a estes segmentos e na maneira como eles operam.

“Novos negócios não surgem a todo momento. O que pode surgir são os modelos de negócio inovadores, o que é uma coisa diferente. Como, por exemplo, no segmento de roupas que deve decidir por uma loja física ou digital, além de escolher se vai vender para todo o país, via redes sociais ou as duas coisas. O modelo de negócio é o que vai mudando”, explica.

Luciana está à frente da plataforma Ideias de Negócio, projeto educativo do Sebrae que aposta na criação de conteúdos informativos para a capacitação de empreendedores.

Na página, criada há mais de 10 anos, são disponibilizados e-books e manuais com dicas práticas para quem deseja abrir um negócio.

Na lista estão desde o beabá jurídico para a abertura de empresa em determinado setor e escolha de ponto de venda aos equipamentos necessários e estimativas de investimento inicial.

Segundo levantamento do portal do Sebrae feito com base nas pesquisas feitas na própria plataforma, a principal tendência ligada a abertura de novos negócios são atividades que exigem baixo investimento e trazem alta rentabilidade.

Entre eles estão a corretagem de imóveis, design gráfico, distribuição de bebidas e escritório de consultoria — segmentos mais requisitados por novos empreendedores em 2024.

Veja abaixo, a lista completa com os 10 segmentos mais promissores do ano.

  1.  Corretor de imóveis

  2.  Designer gráfico

  3.  Distribuidora de bebidas

  4.  Escritório de consultoria

  5.  Fábrica de produtos de chocolate

  6.  Loja de cosméticos e perfumaria

  7.  Papelaria

  8.  Imobiliária

  9.  Pet shop

  10. Agência de viagens

 

Além do baixo investimento e rentabilidade, Luciana chama a atenção para os setores que permitem o trabalho autônomo e liberal, especialmente como um complemento de renda.

“É um investimento menor, uma coisa que as pessoas conseguem fazer até em horas vagas, cumprindo o papel de um segundo trabalho”, diz.

Os dados também apontam para setores que permitem o trabalho em ambientes remotos, tendência impulsionada pela pandemia.

“Uma tendência mesmo que é mundial, que é de uma venda mais digital, de um mercado mais digital e que permite o trabalho de casa, sem um investimento na abertura de um ambiente físico”. De modo geral, as buscas e tendências no próximo ano deverão repetir o padrão visto em 2024, segundo a executiva.

A tendência é colocada em prática na Dbout Mídia.

“Na Dbout, atuamos remotamente desde a nossa fundação. Temos um escritório em Minas Gerais, mas optamos por esse modelo por dois motivos: primeiro, para dar a liberdade das pessoas trabalharem de onde quiserem, o que mais importa para nós são os resultados, as entregas e a dedicação; segundo, para ter a possibilidade de contar com excelentes profissionais que residem em outros estados. A estratégia deu certo, pois atualmente temos 30 colaboradores e mais de 200 clientes”, afirma Luís Parrela, CEO da Dbout Mídia.

Dicas para quem vai empreender em 2025

Luciana afirma que uma das principais dicas para quem vai empreender em 2025 é a busca do conhecimento e capacitação,

antes de mesmo de dar o primeiro passo.

“Eu indicaria mesmo a busca por um conhecimento mais abrangente, que pode preparar o empreendedor logo no início de jornada, o que o poupa muitos problemas e erro ligados a um planejamento estratégico mal elaborado”

Além do Ideias de Negócio, outra ferramenta de apoio a novos empreendedores é o Empretec, iniciativa desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e aplicada no Brasil pelo Sebrae, que trabalha o desenvolvimento das habilidades empreendedoras de sucesso.

“Competências como calcular riscos, persistência e estabelecer metas estão entre as características comportamentais desejáveis no empreendedor para que ele tenha sucesso em seu negócio”, explica Luciana.

Diante deste cenário, algumas empresas têm investido em planos de carreira cada vez mais agressivos, para permitir que o empreendedorismo se desenvolva dentro do próprio negócio.

Esse é o caso da MTG Foods, a maior rede de franquias de delivery de comida japonesa do sul do Brasil.

Composto pelas operações Matsuri to Go (comida japonesa) e Mok The Poke, o grupo empresarial tem investido no desenvolvimento de colaboradores para dá-los a oportunidade de se tornarem franqueados das duas marcas.

A MTG deve faturar até o final do ano mais de R$ 70 milhões com suas 50 unidades abertas atualmente.

“Já contamos com três franqueados que iniciaram suas carreiras conosco, sem qualquer experiência prévia em sushi ou cozinha, e hoje são nossos parceiros na operação de suas próprias unidades. Além deles, outros 13 colaboradores, também formados internamente, ocupam cargos de liderança como gerentes de loja ou fazem parte das nossas equipes de suporte e treinamento e são candidatos para se tornarem futuros franqueados”, conta Raphael Koyama, CEO da rede.

Por fim, mais do que acompanhar de perto tendências de mercado e segmentos requisitados, é essencial estar alinhado com suas próprias aptidões profissionais, avalia a gerente.

“A análise das variáveis e da aptidão que o empreendedor tem naquele segmento é essencial. A pessoa precisa se analisar e avaliar os seus comportamentos empreendedores, e no que tem facilidade. A chance de sucesso é maior quando você trabalha com coisas que te inspiram a construir algo novo. Isso vai bem além das tendências”, conclui Luciana.

CNN

Empreendedorismo sustentável: o que é e quais os desafios do setor?

Camilla Cássia da Silva

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O empreendedorismo sustentável vem ganhando projeção com o avanço das mudanças climáticas e, por conseguinte, de pautas ambiental, social e de governança (ESG) nas empresas. Porém, o conceito não se relaciona apenas a ações para reduzir a dependência de matérias-primas naturais e combustíveis fósseis. 

Divulgação Neo Energia

Nesse contexto, a gestão dos negócios deve ser alinhada com fatores ambientais a iniciativas de impacto social. Isso porque só é possível haver desenvolvimento sustentável ao beneficiar positivamente colaboradores e comunidade.

 

Um estudo de 2019 da Union + Webster, agência norte-americana de pesquisas, revelou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis. Já 70% dos participantes não se importariam em pagar mais por isso. 

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SXSW: dentre os painéis do evento estão apresentações e debates sobre mudanças climáticas e sustentabilidade nos negócios

Sendo assim, o empreendedorismo sustentável se destaca por dois aspectos importantes: fator competitivo e modelo de negócio. O tema inclusive é destaque em importantes eventos nacionais e internacionais, como o South by SouthWest (SXSW), que vai acontecer de 8 a 16 de março em Austin, nos EUA.

 

 O encontro reúne pessoas relevantes das indústrias de tecnologia, cinema, música, educação e cultura, que discutem tendências e insights em nível mundial. Na pauta estão temas que devem impactar negócios em todo o planeta, como transição energética e negócios sustentáveis. 

Qual é o principal objetivo do empreendedorismo sustentável?

 

O empreendedorismo sustentável busca equilibrar aspectos sociais e ambientais nos negócios — não se foca somente na arrecadação de receita e atendimento de demandas mercadológicas. Desse modo, metas financeiras caminham lado a lado com metas de sustentabilidade. 

O segmento ainda engloba negócios verdes ou sociais de maneira inovadora, como algumas startups. Há também a categoria das greentechs, startups que têm produtos, serviços ou soluções tecnológicas ambientalmente positivas. 

E como adotar uma  estratégia sustentável? Isso envolve estudo de atividades, planos de ação, controle rigoroso de todas as etapas e operações, além de avaliação de resultados. A proposta também inclui relatórios de transparência e selos ou certificações – que podem variar conforme o setor de atuação —, cujo objetivo é comprovar a execução de metas socioambientais. 

Existem mais de 30 certificações sustentáveis no Brasil, como Empresa B, Certificação ESG, Leadership in Energy and Enviroment Design (LEED) ISO 14001 e outras. 

Como o empreendedorismo pode promover a sustentabilidade e a responsabilidade social? 

Um negócio sustentável e com responsabilidade social deve agregar práticas ambientalmente corretas a ações que visem o bem-estar de colaboradores e consumidores. Em ambos os casos, iniciativas devem ocorrer de modo espontâneo, portanto, sem uma obrigação legal. 

Empresas sustentáveis reduzem o desperdício de insumos, fazem reciclagem e utilizam fontes de energia renovável em todos as operações.

No plano ecológico, as empresas optam por:

  • redução do consumo de água e energia

  • controle emissões de gases poluentes

  • fontes renováveis (como solar e eólica)

  • matérias-primas menos poluentes

  • realizam reciclagem

  • redução do desperdício de insumos e outros. 

Já a responsabilidade social não se refere a um objetivo de assistência social, mas de ações que possam beneficiar as pessoas, por meio de projetos de educação, saúde, bem-estar e cultura.  De modo externo, é possível realizar doações, voluntariado, eventos e palestras, cursos para educar consumidores sobre algum tema do mercado etc. 

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No ambiente interno, ocorre a promoção da diversidade em equipes, benefício e eventos de saúde mental, além de gestão humana, valores organizacionais, transparência e outros.

Quais são os desafios do empreendedorismo sustentável?

A execução de medidas do empreendedorismo sustentável nas empresas é um de seus principais desafios. Afinal de contas, requer mudanças, controle e análise de resultados em todos os níveis de suas operações internas e externas. Mas há outros fatores importantes, como mostraremos a seguir. 

Risco de greenwashing 

O falso entendimento ou aplicação de medidas efetivamente sustentáveis pode ocorrer para a atendimento de regras ou demandas de órgãos reguladores, investidores e consumidores. Esse tipo desvio é classificado como greenwashing (“lavagem verde”, em português), que consiste em destacar projetos, produtos e serviços socioambientais, mas que na prática não existem ou caem em contradição. 

Por exemplo, uma empresa faz um alto investimento em energia solar, porém, não tem controle sobre recicláveis, desperdício de água e outros aspectos de suas operações.

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O greenwashing também pode acontecer na manipulação de informações, como ocorreu em um escândalo da Volkswagen em 2015.

Isso ainda pode acontecer na manipulação de informações, como ocorreu com a Volkswagen em 2015: a fabricante utilizou um software para diminuir índices de emissões de gases poluentes de seus veículos movidos a diesel.  

O escândalo rendeu ações coletivas de clientes, que se sentiram enganados por uma falsa propaganda de “clean diesel” (“diesel limpo”). Já em 2020, a companhia teve de pagar US$ 33 bilhões em multas, acordos e penalidades pelo greenwashing. 

Gestão resiliente

A capacidade de se adaptar a mudanças constantes é essencial dentro do empreendedorismo sustentável. O motivo? A crise climática pela qual passamos — um dos principais temas da SXSW — se converte em eventos naturais cada vez mais intensos, além de riscos econômicos e sociais. 

Dessa forma, o planejamento estratégico de empresas ecologicamente corretas deve considerar riscos de curto, médio e longo prazo, para que possam ser contornados adequadamente. 

A relação entre sustentabilidade e empreendedorismo 

Apesar dos desafios, a relação entre empreendedorismo e sustentabilidade passará a ser inevitável nos próximos anos, diante das urgências ambientais e sociais do planeta. Sendo assim, trata-se de uma agenda permanente, essencial para a sobrevivência humana e da natureza. 

A aderência da gestão sustentável por grandes corporações brasileiras é também um reflexo de aliar lucratividade e contenção de impactos sociais e ambientais. O Banco do Brasil e Telefônica Brasil, por exemplo, estão entre os destaques do ranking anual Global 100, que elege as 100 empresas mais sustentáveis do planeta.

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Ranking Corporate Knights: Banco do Brasil ocupa 6º lugar e Telefônica do Brasl, o 75º lugar .Fonte: Corporate Knights

A Natura também é reconhecida por suas iniciativas ESG, o que lhe rendeu a rigorosa certificação de Empresa B. No entanto, esse tipo de abordagem não se restringe apenas a companhias de maior porte.

Uma recente pesquisa do Serasa Experian descobriu que 89% das micro, pequenas e médias empresas (PME) do Brasil já adotam alguma prática ESG em seu dia a dia.  Essa mesma porcentagem afirmou que ações da sigla são essenciais para competitividade nos negócios, embora 33,3% não conhecessem seu significado.  

O resultado é indicativo de que em algum momento as empresas precisam comprovar práticas sustentáveis junto aos consumidores, investidores e fornecedores. Trata-se, então, de um importante e inevitável requisito de aceleração de negócios.

*Este é conteúdo The BRIEF, newsletter de tecnologia, negócios e comportamento, para o TecMundo. Informação e análise de um jeito irreverente logo pela manhã. Assina aí, é de graça! 

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