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NOTÍCIAS

Matérias da 18ª Edição Especial A&T 2021

Em exercício, um vice-governador

A parceria existente entre o governador Ibaneis Rocha e seu vice, Paco Britto, é daquelas que poucas vezes foram vistas na política. Em Brasília, principalmente
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Em 32 meses de governo, o chefe do Executivo local já entregou o comando da cidade ao vice 12 vezes. E sem ressalvas. Paco faz questão de continuar o trabalho de Ibaneis sempre que está com a caneta nas mãos e afasta, pelo menos durante a atual gestão do GDF, o dito popular que aponta os vices como meros coadjuvantes.

Em 15 dias no mês de julho, durante férias do governador Ibaneis, Paco foi protagonista de grandes feitos do governo. Logo nos primeiros dias como governador em exercício, fez questão de acompanhar de perto o final da vacinação dos profissionais da Educação. “Poderemos, assim, garantindo a vacina com apenas uma dose, garantir a volta às aulas no início de agosto, preservando vidas, que sempre foi o foco do Governo do Distrito Federal”, explicou Paco.

Com 56 mil profissionais da Educação imunizados, as aulas presenciais nas escolas públicas do Distrito Federal estão previstas para retornarem a partir do dia 2 de agosto. “Somos a única unidade da Federação que não está vacinando apenas professores, mas todos os profissionais da Educação, como serventes, merendeiras, secretários escolares, diretores”, destacou o governador em exercício na época. Para Paco, a determinação veio do governador Ibaneis Rocha para que as aulas pudessem ser retomadas no DF com toda a segurança possível. “Ele (governador) é o nosso maestro e rege muito bem a sua orquestra, a sua equipe. Por isso está fazendo um governo de realizações, mesmo tendo que lidar com uma pandemia no meio desse caminho”, completou.

Para garantir mais segurança aos profissionais e também aos estudantes, o Vice-Governador Paco promoveu a doação de 14 mil máscaras e 14 mil frascos de álcool em gel, vindos do Comitê Todos Contra o Covid - coordenado por ele – para a Secretaria de Educação. “Este é um ato importe porque o álcool em gel e a máscara são símbolos de combate à Covid-19”, destacou a secretária da pasta, Hélvia Paranaguá, que defende a volta dos cerca de 460 mil estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal. Ao todo, o DF conta com 686 escolas públicas e cerca de 80 mil profissionais que trabalham nesses locais. “Com a orientação do governador Ibaneis Rocha, estamos fazendo esse trabalho de prevenção junto às 14 regionais de ensino. É importante que os estudantes estejam sim em sala de aula, mas prevenidos”.

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Isenções bem-vindas

Como governador em exercício, Paco Britto assinou decreto isentando remédios para tratamento oncológico do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). A partir de agora, pacientes que precisarem de um dos 81 medicamentos para tratar a doença pagarão menos. Além de beneficiar o consumidor final, a norma barateia também os custos para o próprio GDF na compra dos remédios – muitos usados na rede pública de saúde.

“São medicamentos extremamente importantes para os pacientes e não podem faltar na casa ou no hospital para que o tratamento contra a doença seja eficaz”, lembra Paco Britto. “Não há perda na arrecadação, mas ganho na garantia da vida, da saúde e do bem-estar da população”, completa. A renúncia de receita por parte do Executivo com a comercialização desses insumos, até 2023, é estimada em R$ 5 milhões.

Em exercício no cargo de governador, Paco enviou à Câmara Legislativa do DF, o projeto de lei que concede isenção e remissão do pagamento do preço público para autorizatários, permissionários ou concessionários pela ocupação ou uso de área pública do Distrito Federal. A suspensão da cobrança poderá se dar enquanto durarem os efeitos econômicos e sociais da pandemia, com limitação a 31 de dezembro de 2023. Além disso, quiosques, bancas de revistas, food trucks, feirantes e demais estabelecimentos que utilizam o espaço público e não puderam honrar seus compromissos com o GDF terão as dívidas perdoadas.

“Entendendo o forte impacto financeiro sofrido por esses setores econômicos. Vamos continuar isentando esses trabalhadores da taxa de ocupação pública e, agora, estendendo esse prazo por dois anos”, explicou Paco. “Sabemos que dentro de cada quiosque, de cada banca de feira, de cada banca de jornal e revista, existe uma família inteira, existem empregos que precisam ser salvos e existe um empresário que depositou ali, naquele negócio, todos os seus sonhos.”

A estimativa é que essa anistia contemple um total de R$ 3,8 milhões. Mesmo formadas basicamente por autônomos e pequenos negócios familiares, as categorias beneficiadas com a suspensão e a remissão do preço público geram mais de 1,5 mil empregos no DF e são responsáveis por movimentar as economias locais.

 

Foco também no social

Criado pelo governador Ibaneis Rocha no início da pandemia, o Comitê Todos Contra o Covid busca arrecadar, junto a instituições privadas e doadores que queiram contribuir de alguma forma com o governo, recursos que são transformados em benefícios para a população. “Com muita sabedoria o governador Ibaneis criou o comitê e pediu que eu o coordenasse. Mais uma atitude rápida e inteligente dele que, graças às ações rápidas que tomou na cidade, evitou muitas mortes, salvou muitas vidas, deu fôlego à economia e manteve todas as obras em andamento na cidade”, enfatizou.

O vice-governador foi responsável por captar recursos privados para a construção de dois hospitais acoplados no DF: um em Ceilândia, com quase 80 leitos, e outro em Samambaia, com 102 leitos. Todos erguidos em tempo recorde, em pouco mais de um mês. “Sob o comando do governador Ibaneis Rocha e sem dinheiro público algum, apenas com doações da iniciativa privada, entregamos 200 leitos permanentes para o povo da capital”, comemorou.

A Campanha do Agasalho Solidário 2021, idealizado pela primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, também ganhou um “up” por meio do comitê com a doação de mais de 2 mil peças – entre cobertores, roupas e sapatos -, vindos dos Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário e Serviços Terceirizáveis do Distrito Federal (Seac/DF) e o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no DF (Sindesp/DF).

Assim, a campanha deste ano bateu recorde este ano com a arrecadação de 20 mil itens que serão entregues para pessoas em situação de vulnerabilidade social. “O que estamos fazendo é o bem, praticando a solidariedade. Muitas pessoas que sofrem por não ter como comprar um agasalho, um cobertor, muitas famílias sofrendo pelos efeitos da pandemia e agora, ainda, com as baixas temperaturas”, disse Paco.

No exercício do cargo, Paco Britto também sancionou o projeto de lei nº 1539, de 2020, para que o laudo médico pericial que atesta o transtorno do espectro autista (TEA) passe a ter prazo de validade indeterminado, visto que o transtorno é uma condição permanente.

 

Meio ambiente, cultura e respeito

A partir de agora, para a coleta seletiva em condomínios horizontais, é obrigatória a contratação de cooperativa ou associação de catadores do DF. Esta foi outra lei, sancionada por Paco, enquanto estava em exercício do mandato de governador.  Ele também esteve em Brazlândia, para atender pedido da população, em defesa do calçamento construído na década de 1990, cujo projeto é de autoria do artista plástico piauiense Francisco Galeno.

“Por determinação do governador Ibaneis Rocha, já foi providenciado o documento para o órgão que vai analisar o tombamento de toda a calçada”, anunciou, referindo-se ao processo de reconhecimento público de patrimônio cultural da cidade. As pedras portuguesas utilizadas no calçamento que contorna o Lago Veredinhas na cidade foram um presente de Galeno, que passou grande parte de sua vida em Brasília e teve obras expostas no exterior, em países como os Estados Unidos e Suíça.

Diante de uma grande atuação como governador em exercício e como vice, Paco, porém, desconversa quando o assunto é 2022. “Eu tenho conversado com o governador e não estamos tratando de política. Ainda estamos tratando de salvar vidas. As pessoas esquecem que estamos no meio de uma pandemia? Quem ousar falar de política agora vai se arruinar. Então, no começo do ano que vem, nós vamos ter que sentar e ver como vai ser”, metralhou.

Porém, deixa clara a relação com o governador Ibaneis. “Engraçado que em governos passados, ninguém queria ser vice do outro cara. Agora não, todo mundo quer a vice”. Paco defende que “em time que está ganhando, não se mexe” e adianta que seu projeto é continuar como vice de Ibaneis. “Se o governador não quiser essa conjuntura, nós reavaliamos”, finalizou.

Vice-Governadoria

EUA planejam projetos de infraestrutura na América Latina

Delegação fez turnê pela região
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Por Trevor Hunnicutt

Repórter da Reuters - Washington

 

Autoridades dos Estados Unidos (EUA) devem fazer uma turnê pela América Latina nesta semana para analisar projetos de infraestrutura, agora que se preparam para se contrapor à iniciativa multitrilionária Cinturão e Rota do presidente chinês Xi Jinping

Uma delegação de autoridades diplomáticas e de desenvolvimento liderada por Daleep Singh, vice-assessor de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Joe Biden, estará na Colômbia, onde pretende se reunir com o presidente Iván Duque antes de paradas no Equador e no Panamá, disseram autoridades norte-americanas.

O grupo está encarregado de concretizar a ação Reconstruir um Mundo Melhor (B3W), iniciativa de investimento internacional em infraestrutura anunciada pelas democracias mais ricas do G7.

Na primeira de várias turnês para planejamento, as autoridades norte-americanas também se reunirão com o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, e com autoridades panamenhas, além de conversarem com o setor privado, a sociedade civil e "grupos tradicionalmente marginalizados", segundo as autoridades.

O programa se concentra em áreas que incluem clima, saúde, tecnologia digital e igualdade de gênero.

Um evento de lançamento formal da B3W nos EUA está planejado para o início do ano que vem, e incluirá detalhes de alguns dos projetos iniciais, que visam se aproximar dos US$ 40 trilhões que as nações em desenvolvimento precisam até 2035, de acordo com um funcionário de alto escalão do governo Biden. Ainda não está decidido quanto capital o programa de fato alocará.

Em pouco mais de um mês, autoridades norte-americanas também planejam se unir a aliados na cúpula do G20 e na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2021 (COP26) na Europa, às quais a China também deve comparecer. As conversas continuarão na Cúpula para a Democracia, planejada por Biden para dezembro.

A iniciativa Cinturão e Rota (BRI), que Xi Jinping lançou em 2013, envolve projetos de desenvolvimento e investimento em todo o mundo. Mais de 100 países já firmaram acordos com a China para cooperarem em projetos do BRI como ferrovias, rodovias e portos.

"Muito pouco dos projetos faz sentido economicamente, e muitas vezes têm padrões trabalhistas e ambientais muito ruins", disse o funcionário do governo Biden.

Reuter

500ª locomotiva de corrente alternada fabricada no Brasil é entregue

Ministério da Infraestrutura já assegurou mais de R$ 31 bilhões de investimentos contratados para as ferrovias brasileiras.
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Foi entregue oficialmente a 500ª locomotiva de corrente alternada (AC44) produzida no Brasil pela fábrica da empresa Wabtec Corporation, em Contagem (MG), em (12/7).

 

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, durante cerimônia de entrega, fez um balanço dos investimentos realizados no transporte ferroviário pelo Governo Federal nos últimos dois anos e meio, e afirmou que o acréscimo de oferta será transformado em ganho de produtividade e de eficiência, em redução de custos e em mais investimentos e emprego.

“Nossa missão aqui hoje é plantar para o Brasil colher, fazer com que mais ferrovias nasçam, mais locomotivas apareçam, mais empresas entreguem e invistam. Não vai parar na 500ª locomotiva, muito em breve virá a 1.000ª.

A indústria ferroviária está ressurgindo porque nós resolvemos apostar em ferrovias”, destaca. “Essa [locomotiva] muito em breve estará na ferrovia Norte-Sul, puxando grãos de Rio Verde ao Porto de Santos, e a gente fica muito feliz de ver isso”, ressalta o ministro.

Reequilíbrio do Transporte

O Ministério da Infraestrutura (MInfra) já assegurou mais de R$ 31 bilhões de investimentos contratados para as ferrovias brasileiras. Os recursos serão utilizados na ampliação da malha ferroviária do país. Conforme o ministro, há investimentos em andamento nas ferrovias Norte-Sul, Malha Paulista e de Integração Oeste-Leste (FIOL), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia – esse trecho teve a concessão leiloada no primeiro semestre do ano. Em Goiás, começará em breve a construção do lado oeste, com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico): o Ibama já concedeu nova licença de instalação para as obras, a serem realizadas pela Vale S/A e a Valec, possivelmente a partir de agosto.

Investimento em Minas Gerais

Antes da solenidade de entrega da 500ª locomotiva, o ministro sobrevoou a área onde será construído o ramal ferroviário do terminal Igarapé, no município mineiro de mesmo nome. O novo terminal de cargas tem investimentos previstos no plano de renovação da concessão da MRS Logística e deve integrar corredor logístico planejado pela concessionária para unir cargas do interior paulista ao Rio de Janeiro e a Belo Horizonte, bem como cargas dessas regiões para São Paulo e Santos.

Ministério da Infraestrutura

ESPECIAL CEASA -DF ENTREVISTA
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Por André Barreto - Comunicação Social CEASA DF

Maior entreposto de hortifrúti do Distrito Federal, a CEASA-DF é referência entre os brasilienses pela qualidade e variedade dos produtos oferecidos. São 287 unidades comerciais e cerca de 160 empresas instaladas na área, voltadas para o comércio atacadista. Há também a feira de sábado – o conhecido “Varejão”, que se tornou um programa tradicional para inúmeras pessoas e famílias.

Na CEASA-DF é possível encher os 

olhos – e o olfato – na Central Flores ou mesmo adquirir iguarias no Mercado do Peixe de Brasília. Lá, concentra a maior cooperativa de produtos orgânicos do Distrito Federal e Entorno, o Mercado Orgânico, o com frutas e legumes orgânicos certificados; e o Mercado da Agricultura Familiar, com produtos direto da horta.

 

Outra vertente é a questão social. Com o projeto Desperdício Zero, o Banco de Alimentos da CEASA-DF, seleciona e distribui alimentos, que seriam descartados, por estarem fora da comercialização, às instituições filantrópicas de Brasília, amenizando o desperdício de alimentos dentro do entreposto.

 

Trabalhando sempre com transparência e eficiência, hoje o Banco de Alimentos passou a ser um Equipamento Público de Segurança Alimentar e Nutricional recebendo alimentos e doações de diversas fontes e repassando às instituições, como o Projeto Cestas Verdes.

CEASA DF abre licitação para novos espaços
Ceasa abre licitação para novos espaços

Novo pavilhão entregue ao comercio atacadista

AUDITORIA & TRIBUTOS visita a CEASA-DF e conversa com o Presidente Sebastião Marcio
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Peter Lobato, Dir. da A&T, conversa com o Presidente da CEASA-DF, Sebastião Marcio

O Presidente Sebastião Marcio, disse em sua entrevista a revista A&T que mais tardar, no início de julho, haverá mais uma licitação e, que, provavelmente em agosto ou setembro, a CEASA-DF lançará todos os meses, no mínimo, três unidades para novas empresas e também para as que já operam no local, investir e ampliar seus negócios, consolidando a Ceasa/DF como um espaço de apoio e incremento ao negócio agropecuário.

Entrevista com o Presidente Sebastião Marcio

Orçamento 2022: Defesa e Ciência ganham investimentos; Saúde e Desenvolvimento perdem 
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Foto: Ana Volpe/Agência Senado


Os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia e Inovações ganharam mais recursos para investimentos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2022. Neste ano, a Defesa tem uma dotação de R$ 7,1 bilhões; no projeto, deve ganhar R$ 8,3 bilhões. Já a Ciência passa de R$ 231 milhões para R$ 723 milhões.

Já os ministérios da Saúde e de Desenvolvimento Regional são os órgãos que mais perdem na proposta apresentada pelo Executivo. Os investimentos em Saúde caem de R$ 4,9 bilhões, neste ano, para R$ 2,1 bilhões no ano que vem. Já Desenvolvimento Regional registrou uma queda de R$ 7,6 bilhões: de R$ 9,6 bilhões para R$ 2 bilhões. As perdas dessas duas pastas ainda são maiores se comparadas à dotação de 2020, em que o Desenvolvimento Regional teve R$ 11,9 bilhões e a Saúde, R$ 6,2 bilhões em investimentos.

Mas parte desses recursos deve ser reposta por emendas parlamentares, que costumam privilegiar esses dois ministérios, especialmente o da Saúde, que recebe 50% dos recursos para emendas individuais. O projeto de Orçamento para 2022 reservou R$ 10,477 bilhões para emendas de deputados federais e senadores e R$ 5,647 bilhões para emendas de bancadas estaduais.

Programas

Esse levantamento, feito pela Consultoria de Orçamento da Câmara com base nos dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), leva em consideração apenas os investimentos do orçamento fiscal e da seguridade. Já na comparação entre programas que levam em conta investimentos das estatais, as maiores perdas estão em Petróleo, Gás, Derivados e Biocombustíveis.

No projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional para este ano, o setor recebeu R$ 124,5 bilhões, mas a proposta do Executivo para o ano que vem destina ao setor somente R$ 72,6 bilhões. Outro programa que perdeu investimentos foi a Aviação Civil, que teve R$ 523 milhões neste ano, mas receberá apenas R$ 76,3 milhões no ano que vem.

Diante da crise energética e da ameaça de desabastecimento, os investimentos em Energia Elétrica vão aumentar de R$ 7 bilhões neste ano para R$ 11 bilhões no ano que vem. Já o programa Conecta Brasil, dos Correios passou de R$ 48,8 milhões para R$ 85,1 milhões.

Precatórios e deficit

Segundo o governo federal, os gastos com investimentos e outras despesas discricionárias estão ameaçados pelo crescimento de despesas com decisões judiciais, os chamados precatórios. O pagamento das sentenças judiciais passou de R$ 55,4 bilhões neste ano para R$ 89,1 bilhões em 2022. O valor previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022 era R$ 57,8 bilhões.
Como comparação, as despesas discricionárias serão reduzidas de R$ 99,1 bilhões, neste ano, para R$ 98,6 bilhões no ano que vem. Proporcionalmente, elas passam de 7,3% das despesas do Orçamento de 2021 para 6% em 2022.
Apesar dessas tendências, o desempenho da economia e a contenção de gastos ajudariam a reduzir o deficit primário no ano que vem para R$ 49,6 bilhões, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a estimativa do deficit era de R$ 170,5 bilhões, ou 1,9% do PIB. Neste ano, o deficit estimado é de R$ 155,1 bilhões ou 1,8% do PIB.
A reforma da Previdência teria contribuído em parte para a redução do deficit nas contas públicas. Segundo a proposta orçamentária, o deficit na Previdência deve cair de 3,8% do PIB, neste ano, para 3,1% no ano que vem, chegando a R$ 282,5 bilhões.

Saúde e Educação

O projeto prevê a aplicação de R$ 111,2 bilhões em manutenção e desenvolvimento do ensino e R$ 134,5 bilhões em ações e serviços públicos de saúde. O PLOA 2021 previa a aplicação de R$ 98,9 bilhões e R$ 124,6 bilhões nas respectivas áreas. Já os valores atualmente autorizados para 2021 alcançam R$ 100,1 bilhões e R$ 178 bilhões, respectivamente. Na Saúde, cerca de R$ 7,1 bilhões estão alocados para a continuidade do enfrentamento à pandemia de covid-19, sendo:
• R$ 3,9 bilhões destinados à vacinação;
• R$ 1,8 bilhão para despesas com atenção de média e alta complexidade;
• R$ 700 milhões na atenção primária; e
• R$ 663 milhões distribuídos em outras programações.

Auxílio Brasil

Para o pagamento do Auxílio Brasil (Medida Provisória 1.061/21), criado para substituir o Bolsa Família, o PLOA 2022 prevê R$ 34,7 bilhões, que teriam o objetivo de atender cerca de 14,7 milhões de famílias. O informativo conjunto das consultorias do Orçamento da Câmara e do Senado observa que, diferentemente do Bolsa Família, as dotações do Auxílio Brasil não estão regionalizadas. O Bolsa Família beneficiou, no mês de agosto de 2021, 14,6 milhões de famílias, e sua dotação em 2021 é de R$ 34,8 bilhões.

Eleições

A despesa do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas está projetada em R$ 2,128 bilhões, 4,5% superior à despesa de R$ 2,035 bilhões autorizada em 2020. O fundo provocou polêmica na votação do projeto da LDO 2022: foi aprovado pelo Congresso com uma estimativa de R$ 5,7 bilhões, mas esse valor acabou sendo vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Duas parcelas compõem o valor desse fundo:
• R$ 812 milhões, valor mínimo equivalente à compensação fiscal que as emissoras de rádio e TV receberam pela divulgação da propaganda partidária em 2016 e 2017, atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
• R$ 1,316 bilhão, decorrente de redução da reserva de recursos destinada ao atendimento de emendas de bancada estadual de execução obrigatória.
Quanto ao Fundo Partidário, o valor programado para 2022 é de R$ 1,06 bilhão.

Pessoal

O projeto não oferece reajuste para servidores públicos federais. No entanto, pela primeira vez em três anos, há previsão de concurso público, com a abertura de 41,7 mil vagas em órgãos do Executivo, universidades federais e agências reguladoras. A previsão é que as despesas com pessoal cresçam de R$ 332,355 bilhões neste ano para R$ 342,799 bilhões no ano que vem.

Prioridades

Outras prioridades destacadas pelo governo no Orçamento para 2022 são:
• R$ 8,5 bilhões de incorporação para receita do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia, sendo que metade serão recursos não-reembolsáveis;
• R$ 10,148 bilhões para investimentos em andamento no Poder Executivo, com alocação de 10,3% das despesas discricionárias;
• R$ 2 bilhões para realização do Censo Demográfico em 2022 (na preparação do Censo em 2022, já foi publicado crédito adicional de R$ 82,3 milhões neste ano, e estão em tramitação no Congresso Nacional recursos adicionais de R$ 35,7 milhões).

Da Agência Câmara de Notícias e Agência Senado

Bolsonaro: alguns acham que tenho que fazer algo mais contra a inflação

Presidente voltou a reconhecer o aumento dos preços, mas relativizou a crise ao dizer que a alta acontece em todo o mundo
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O presidente Jair Bolsonaro recebe convite da Demonstração Operativa a ser realizada por ocasião da Operação Formosa 2021 (Foto: Marcos Corrêa/PR)

 

O presidente Jair Bolsonaro pediu em 7/10, que aqueles que o criticam por causa da escalada inflacionária no Brasil apresentem a ele soluções para combater o problema. Na sua tradicional live semanal, ele voltou a reconhecer o aumento dos preços, mas relativizou a crise ao dizer que a alta acontece em todo o mundo, e não só no País.

Ao comparar preços de produtos no Brasil e em outros países, como os Estados Unidos, Bolsonaro afirmou: “Tá reclamando que tá alto aqui? Lá também está. Essa crise é no mundo todo. Não é só no Brasil”, disse, para depois convocar a população a trazer medidas para conter o problema da inflação. “Algumas pessoas dizem que eu tenho que fazer algo mais. Algo mais o quê? Dá exemplo. Outro dia me deram sugestão: pra reduzir preço da carne, proíba exportação por 30 dias. Quem fez isso foi a Argentina. Isso gerou depois alta de preços e desabastecimento”, afirmou.

Bolsonaro voltou a culpar a pandemia e as medidas restritivas pela debacle na economia, mas sustentou que o País foi um dos que menos sofreu nesta área por causa da Covid-19. Ao citar nações que estão enfrentando crise econômica, ele novamente citou a Argentina como exemplo negativo. “Um vizinho pobre é ruim para o Brasil”, lamentou.

O presidente também falou, mais uma vez, sobre a alta nos combustíveis e disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem ajudado o governo a achar soluções para redução nos preços, como a mudança na incidência do ICMS sobre o produto. “Se o ICMS não incidir sobre o valor da refinaria na gasolina, ou em cima do etanol da usina, a gente vai ficar vivendo essa incerteza o tempo todo”, declarou.

 

Infomoney

Não haverá golpe militar, e Lula é a única ameaça à democracia no momento

Está sendo executada neste momento no Brasil a manobra mais velha e possivelmente mais sórdida que existe na história da bandidagem política mundial – acusar o inimigo de estar fazendo exatamente aquilo que você vai fazer de pior, assim que tiver a oportunidade de mandar no governo.
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J.R. Guzzo

 

O truque de hoje é a operação que anuncia todos os dias na mídia, na discussão política e na máquina pública, para não falar nos representantes da “sociedade civil”, ameaças terminais à democracia por parte “do governo”, “dos militares”, “do Bolsonaro” e por aí afora. É mentira em estado puro. A ameaça real e objetiva, que existe no mundo dos fatos e não na gritaria, é o ex-presidente Lula, agora candidato de novo à presidência da República. É a vigarice de sempre: enquanto se fala do perigo falso, vai se montando peça por peça o perigo de verdade. Não vai haver golpe militar nenhum. Vai haver um regime totalitário se Lula voltar ao governo. O resto é fumaça para esconder a verdade.


Não se trata, aí, de um ponto de vista. É a simples exposição de fatos que estão ocorrendo aos olhos de todos: Lula é a única ameaça que existe no momento contra a democracia brasileira porque ele mesmo, Lula, e o seu entorno mais ativo, anunciam abertamente projetos de destruir essa democracia se ele for eleito em 2022. O maior desses projetos, pelo que estão dizendo agora Lula e o PT, é liquidar a liberdade de imprensa no Brasil. Não falam assim, é óbvio; ninguém fala assim, nem na Coréia do Norte. Embrulham o seu propósito numa trapaça: a de que querem “melhorar” a qualidade da imprensa, ou torná-la mais “verdadeira”, mais “justa”, mais isso, mais aquilo, com novas regras para o seu funcionamento. Sai a liberdade de pensamento assegurada no artigo 5º da Constituição do Brasil. Entra em seu lugar o “controle social da mídia”, como diz Lula. É um pacote de regras que tem um objetivo claro e um efeito inevitável: colocar a imprensa brasileira, na vida real, debaixo do comando do governo e dos “movimentos sociais” controlados por ele.

Controle social é isso: censura. Não é outra coisa, nem pode ser, porque não existe na história humana, desde que Gutemberg inventou a máquina de imprimir 500 e tantos anos atrás, nenhum episódio – nenhum mesmo – em que um governo tenha feito leis sobre a imprensa sem reduzir, prejudicar ou acabar com a liberdade da imprensa. Não há como ser de outro jeito. Se o Estado dá a si próprio o direito de decidir o que o público pode ou não pode ler, ver e ouvir, vai acabar havendo censura. Como seria possível não haver? A partir do minuto em que uma comissão qualquer, criada pelo governo, ganha o poder de vetar esta ou aquela palavra em nome do “bem comum” – palavra, frase, assunto – esse governo passa, queira ou não queira, a praticar censura. Os mecanismos de “controle social da mídia” propostos por Lula irão, em algum momento da sua existência, ampliar o que a imprensa pode dizer sobre isso ou aquilo? É claro que não. Só vão reduzir, é óbvio – cortar, diminuir, proibir. Com Lula, a publicação de conteúdo editorial no Brasil vai depender de licença. Quem dá a licença manda. Quem pede a licença obedece. Fim de conversa. A vida é isso, sempre.

Tudo o que o comissariado da comunicação social não aprovar será considerado ‘notícia falsa’

A volta de Lula à presidência não é apenas a volta das empreiteiras de obras públicas ao governo. Não é só o reinício dos assaltos aos fundos de pensão, nem o retorno triunfal dos ladrões da Petrobras, da Eletrobras, da Nuclebras e de todas as “bras” que são a paixão do ex-presidente. Não é só o regresso dos banqueiros – tão estressados com a abstinência de poder que foram capazes, imaginem só uma coisa dessas, de pensar em aderir a um manifesto com críticas à política econômica do governo. (Depois recuaram, é claro.) Não é só a volta de Sergio Cabral, condenado a 390 anos de cadeia por corrupção (Lula disse que votar em Cabral era um “dever político e moral”), dos que roubaram tanto que se ofereceram para devolver parte do que roubaram e dos vendedores de sondas para a extração de petróleo. Não é apenas a retomada das atividades dos “Ronaldinhos do mundo de negócios”, como Lula chama a um dos seus filhos. É tudo isso, sim – mas é principalmente a pior ameaça às liberdades públicas e privadas que o Brasil já conheceu depois de 1964.

A primeira delas é a liberdade de expressão. Lula, em suas declarações mais recentes, tem dito que o erro mais grave dos governos do PT, o seu e o de Dilma, foi não ter conseguido criar o “controle social dos meios de comunicação” no Brasil. Afirmou, a propósito, que se tivesse de fazer uma “autocrítica”, seria esse o seu arrependimento: deixou a imprensa livre. (É ele mesmo, Lula, quem está dizendo isso. Não é nenhum adversário político.) Liberdade de expressão, para o ex-presidente, é uma coisa errada. Seu mundo mental predileto é o da censura. E o que pode ser, na prática, a censura de Lula? É o tal “controle social” dos meios de comunicação – um sistema no qual, simplesmente, é proibido publicar o que governo não quer que seja publicado. Ou o governo, diretamente, através dos seus ministérios das comunicações, secretarias de imprensa, comissariados e outros bichos, ou um “conselho” qualquer com “representantes da sociedade” – uma aglomeração de OAB, CNBB, MST, CUT, UNE, procuradores, professores, mulheres”, “negros”, “índios” e o que mais você possa imaginar.

“Controle social da mídia” é isso – os membros de um organismo que está fora dos meios de comunicação passam a aprovar ou vetar qualquer coisa que a imprensa queira divulgar para o público. É simples. O que eles aprovam sai publicado. O que eles vetam não sai. Mais: esses órgãos de “controle” podem punir, com cassação de licenças, multas para veículos, penas para jornalistas e outras aberrações, quem não se enquadrar nas regras impostas pelo governo. Sua ferramenta de repressão preferida, pelo que tem sido dito até agora, será o “discurso do ódio”, uma criação multiuso da esquerda mundial. No caso, quando o governo estiver sendo criticado e não goste da crítica, os órgãos de controle dirão que ele está sendo vítima de “discurso do ódio”. Pronto: fica proibido publicar o que o governo não gosta. Outro pé-de-cabra da censura serão as utilíssimas fake news, ou “notícias falsas”. Tudo o que o comissariado da comunicação social não aprovar será considerado “notícia falsa”. Pronto: a notícia não sai. Se é falsa não pode sair, não é mesmo?

Numa e na outra circunstância, o governo dirá que está servindo o bem comum, que precisa ficar acima da liberdade individual – com isso, vai salvar o povo brasileiro de ouvir palavras de ódio ou notícias falsas. Hoje as “agências de verificação” decidem o que é o que não é fake news. No novo sistema, o órgão de “controle social” tomará a decisão – ou, então, as tais “agências” poderão ser terceirizadas para executar esse serviço (desde que declarem “notícia falsa” o que o governo quer que seja notícia falsa). Está na cara o mundo de possibilidades de censura que esses truques irão permitir a quem manda na máquina do Estado. Imagine-se, por meio minuto, o que o atual governo poderia fazer se estivesse em vigor o sistema que Lula quer impor ao Brasil se for eleito. Nenhum governo brasileiro desde 1.500 levou tanta pancada da imprensa quando o de Jair Bolsonaro. Foi chamado de desordeiro, de psicopata e de genocida; não foi chamado de ladrão, mas no resto foi excomungado em tudo. Chegaram, inclusive, a desejar que o presidente morresse quando ficou doente, em letra de fôrma e impressa no papel. Se isso não é manifestação de ódio, o que seria? Os órgãos de imprensa ou jornalistas não sofreram absolutamente nenhuma punição por isso, nem foram incomodados de qualquer modo que fosse. Pelo sistema que Lula quer criar, nem um centésimo de nada disso poderia ser publicado.

O que Lula quer é isso: uma imprensa venezuelana no Brasil

Lula, nas suas últimas aulas sobre como deve ser o Brasil daqui para a frente, achou que deveria falar da imprensa em Cuba ou na China para explicar o que pretende fazer com a imprensa do seu próprio país. Avisou, a respeito, que não vai fazer no Brasil a “regulamentação” que existe na China e em Cuba – ele chama assim, de “regulamentação”, duas das mais ferozes máquinas de censura hoje em operação no mundo. Que sorte a nossa, não é mesmo? Lula diz que não quer submeter o Brasil a uma situação de liberdade zero, como na China e Cuba. O que quer, então? Ele veio, no começo, com uma história de fazer aqui como se faz na imprensa “inglesa” ou na imprensa “alemã”. Que diabo quer dizer uma coisa ou outra? Desde quando Lula entende disso? Ele nunca leu um jornal alemão na vida, nem inglês; não sabe, simplesmente, o que está falando. Sua intenção real ficou clara, logo em seguida, quando dissertou sobre a situação da mídia na Venezuela – aí sim, coisa que ele conhece e da qual gosta. O que Lula quer é isso: uma imprensa venezuelana no Brasil. Pode não ser a China ou Cuba, mas dá quase na mesma.

Na Venezuela, não há praticamente nenhuma liberdade de imprensa – os veículos de comunicação livres foram liquidados pelo governo durante as ditaduras dos presidentes Hugo Chávez, primeiro, e Nicolás Maduro, agora. (Sobra um jornal, El Nacional, no momento sob investigação por “questionar as autoridades”.) Foi uma necessidade, segundo Lula, pois a mídia queria acabar com o governo. “Eu vi como a mídia destruía o Chávez”, disse Lula. É o exato contrário da verdade, como é comum acontecer em tantas coisas que o ex-presidente diz em público. Por força, uma depois da outra, da Ley Organica, da Ley de Responsabilidad e da Ley del Odio y por la Tolerancia impostas aos meios de comunicação, e depois estendidas às redes sociais, quem foi destruída na Venezuela foi a imprensa livre. Ao longo dos anos, esses mecanismos de “controle social” dos meios de comunicação obrigaram os veículos a publicar notícias enviadas pelo governo, fecharam empresas de mídia por “questionar a autoridade legitimamente constituída” e cassaram licenças de funcionamento de emissoras de rádio e televisão. O resultado concreto disso tudo é que ao longo desses anos de ditadura, de 2004 para cá, o governo mandou encerrar as atividades dos seis maiores canais de televisão da Venezuela, três quartos dos jornais foram fechados e quarenta emissoras de rádio tiveram suas licenças cassadas por “irregularidades”. A Ley de Odio, particularmente, prevê punições de até 20 anos de cadeia – cabendo ao governo, é claro, o poder e definir quem pratica o “ódio”. Em geral, “odiar” é falar mal dos governantes, sobretudo nas redes sociais. 

Os planos de Lula para a imprensa são apoiados com entusiasmo pela maioria dos jornalistas brasileiros e tratados com timidez, reverência ou silêncio pelos proprietários dos veículos de comunicação. Faz sentido. Os jornalistas são a favor do “controle social” da mídia, até porque quase nada do que dizem hoje desagradaria aos futuros censores; além do mais, acham que o “bem comum”, ou a “sociedade”, precisa de uma imprensa submetida ao controle do governo. Na sua opinião, é melhor que seja assim. Acreditam que a liberdade de expressão não pode ser “absoluta” – o artigo 5º da Constituição deve ficar abaixo do “interesse maior” que é, no seu entender, “a democracia”. A liberdade de expressão está longe de ser absoluta no Brasil; todo cidadão ou veículo de comunicação são 100% responsáveis pelo que afirmam, e estão devidamente sujeitos a processos penais ou ações cíveis por tudo o que escrevem, dizem ou mostram. Mas realidades como essa foram suprimidas do debate. Num país em que um deputado federal em pleno exercício de seu mandato está preso por delito de opinião, contra o que estabelece de maneira indiscutível a Constituição, a liberdade de imprensa passou a ser artigo barato. Não poderia haver estímulo melhor para Lula e para as suas ideias do que deve ser a comunicação social neste país. 

MÃOS ATADAS
Bolsonaro não cometeu crimes em atuação na epidemia, diz parecer de Ives Gandra
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Bolsonaro não cometeu crimes em atuação na epidemia, diz parecer de Ives Gandra

Por Sérgio Rodas

Em sua atuação na epidemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro não cometeu os delitos de exercício ilegal da medicina (artigo 282 do Código Penal) e de perigo para a vida ou saúde de outrem ("expor a vida e a saúde de outrem a perigo direto e iminente", conforme artigo 132 do Código Penal). Além disso, não praticou crime contra a humanidade, nem ato de improbidade administrativa, nem falhou ao demorar a comprar a vacina da Pfizer.

Ives Gandra da Silva Martins e outros professores disseram que Bolsonaro não falhou ao demorar para comprar vacinas

É o que afirmam, em parecer, os professores de Direito Constitucional e Direito Administrativo Ives Gandra da Silva Martins, Samantha Ribeiro Meyer-Pflug Marques, Adilson Abreu Dallari e Dirceo Torrecillas Ramos.

O parecer foi encomendado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo na Casa, para subsidiar os membros da base governista que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 na elaboração de voto a ser apresentado em separado ao relatório final do grupo.

No documento, os docentes apontam que nenhuma atitude de Bolsonaro configurou o crime de exercício ilegal de medicina. "Pelo contrário, todas as manifestações e atitudes do presidente da República se pautaram em estudos científicos, no Parecer 04/2020 do Conselho Federal de Medicina e no princípio da autonomia do médico, para no caso concreto, prescrever o medicamento que entender mais eficaz, desde que com a anuência do paciente".

Além disso, eles opinam que a participação do presidente em eventos públicos não configura o crime de perigo para a vida ou saúde de outrem, pois ele não teve dolo de ameaçar tais pessoas.

Os professores também analisam que nenhuma atitude de Bolsonaro pode ser considerada ataque generalizado ou sistemático contra a população civil por motivo político, configurando crime contra a humanidade, conforme previsto no artigo 7º do Estatuto de Roma, sujeito a julgamento pelo Tribunal Penal Internacional. Isso porque a atuação do governo buscou "evitar o contágio da Covid-19 nos povos indígenas".

E a gestão Bolsonaro não é culpada pelo colapso da saúde de Manaus em janeiro, pois repassou recursos e enviou equipe do Ministério da Saúde — declaram os professores —, lembrando que estados e municípios têm autonomia e competência para adotar as medidas que entenderem necessárias para conter a epidemia.

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 e o parecer dos professores Miguel Reale Jr., Sylvia Steiner, Helena Regina Lobo da Costa e Alexandre Wünderlich não acusaram o presidente dos crimes de estelionato (artigo 171 do Código Penal), corrupção passiva (artigo 317) e advocacia administrativa (artigo 321), afirmam os docentes.

Eles ainda ressaltam que não ficou provado que o presidente "violou patentemente" qualquer direito ou garantia individual ou direito social. Portanto, não cometeu o crime de responsabilidade previsto no item 9 do artigo 7° da Lei 1.079/1950. E se tivesse cometido esse ou outro delito de responsabilidade, caberia exclusivamente ao procurador-geral da República promover tal acusação.

Sem culpa
Ives Gandra, Samantha Marques, Adilson Dallari e Dirceo Torrecillas Ramos opinam que a decisão do Supremo Tribunal Federal de que estados e municípios também têm competência para implementar medidas sanitárias fez com que o papel da União no combate à epidemia ficasse "bastante reduzido".

"Em face da decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI 6.341, o papel da União no combate à epidemia ficou bastante reduzido, pois ficou consignado que a competência seria concorrente, e que os estados e os municípios poderiam adotar a forma que desejassem para combatê-la. Transferiu-se, à evidência, a responsabilidade direta do combate àquelas unidades federativas, passando a ser supletivo o combate pela União, não mais formuladora do 'planejamento' e da 'promoção' da defesa contra a calamidade pública, mas acolitadora das políticas que cada unidade federativa viesse a adotar na luta contra o flagelo", afirmam os professores.

A demora do governo Bolsonaro em comprar a vacina da Pfizer não configura negligência ou inoperância, dizem os docentes. Segundo eles, houve apenas o "necessário cuidado em face da legislação sobre licitações e contratações então vigente".

Série de crimes
Um grupo de juristas coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior divulgou parecer de 226 páginas preparado para a CPI da Covid no Senado em que aponta uma série de crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro no combate ao avanço da epidemia no país. O documento será avaliado pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O documento conclui, entre outras coisas, que, conforme apurou a CPI, está evidente que Bolsonaro encabeça uma "gestão governamental deliberadamente irresponsável e que infringe a lei penal, devendo haver pronta responsabilização".

Além de Miguel Reale Júnior, assinam o documento Sylvia H. Steiner, Helena Regina Lobo da Costa e Alexandre Wunderlich. No documento, os juristas afirmam que a responsabilidade penal do presidente da República é a do mandante, organizador e dirigente da conduta de seus subordinados, em especial do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e, portanto, a resposta penal pode ser agravada.

"Os fartos elementos probatórios estão a demonstrar a existência de 'crime de responsabilidade' (artigo 7º, número 9, da Lei 1.079/1950), de crimes contra saúde pública, como os crimes de epidemia (artigo 267 do Código Penal) e de infração de medida sanitária preventiva (artigo 268 do Código Penal), além da figura do charlatanismo (artigo 283 do Código Penal); de crime contra a paz pública, na modalidade de incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal); de crimes contra a Administração Pública, representados pelos crimes de falso (artigos 298 e 304 do Código Penal) e de estelionato (artigo 171, parágrafo 3º, c/c art. 14, II, ambos do Código Penal), de corrupção passiva (artigo 317 do Código Penal), de advocacia administrativa (artigo 321 do Código Penal) e de prevaricação (artigo 319 do Código Penal)", diz trecho do parecer.

Os juristas também sustentam que o governo perpetrou crimes contra a humanidade — conforme o artigo 7º do Estatuto de Roma. "A cidade de Manaus foi palco de experiências e projetos absolutamente desastrosos e maléficos à saúde da população, conduzidos pelo governo federal, ao arrepio das evidências científicas e das recomendações dos pesquisadores e profissionais da saúde", afirmam.

Além disso, os juristas analisam as reiteradas críticas do presidente às vacinas contra a Covid-19, seu comportamento em promover reiteradamente aglomerações, em desrespeito às normas sanitárias, e a falta de coragem na imposição de medidas impopulares, mas absolutamente necessárias.

"O conjunto da obra revela um quadro desolador de desrespeito aos direitos humanos, seja nas frases e atos do presidente da República, a ridicularizar o medo, a dor, a morte, seja ao não assumir o papel que lhe competia na condução superior da administração do país de coordenação, junto com estados e municípios, da prevenção da disseminação que teria poupado milhares de perdas", sustentam Miguel Reale Júnior, Sylvia Steiner, Helena Regina Lobo da Costa e Alexandre Wunderlich.

Conjur

Em entrevista ao Canal Rural, ministra fala sobre a importância do agronegócio na economia do Páis, sustentabilidade, desburocratização do acesso ao crédito rural, armazenagem, COP 26 e eleições e 2022
Agro do Brasil Cresce 420% em 60 anos
Agro do Brasil assume protagonismo no mundo crescendo 420% na produtividade em 60 anos’, diz Tereza Cristina
Agro do Brasil assume protagonismo no mundo crescendo 420% na produtividade em 60 anos’, d

O  Canal Rural recebeu a chefe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina. No comando da pasta desde o início do governo do presidente Bolsonaro, a ministra falou sobre o crédito rural, sustentabilidade na agropecuária, inflação dos alimentos e também sobre as eleições de 2022.

Canal Rural – Produção de grãos próxima de 300 milhões de toneladas. Carnes com 28 milhões de toneladas. Receita cambial com potencial para US$ 120 bilhões. Tudo isso faz com que o agronegócio tenha uma participação decisiva no PIB, respondendo por mais de 30% do total. Podemos dizer que o agronegócio assume um protagonismo histórico no desenvolvimento econômico e social do país?

Tereza Cristina – Com certeza. Mas assume [esse protagonismo] não por acaso. Assume isso depois de 60 anos de pesquisa, de inovação, de muito trabalho em que os produtores rurais hoje vem produzindo cada vez mais, uma alta produtividade, usando menos espaço. Então, nós temos aí o Brasil, nesses últimos 60 anos, crescendo 420% na produtividade e com um aumento de somente 47% da área.

Canal Rural – A safra 2021/2022 começa com expectativa recorde de produção. Porém, já faltam recursos para investimentos. A gente sabe que o ministério pretende reorganizar os créditos entre as linhas de investimento para tentar fazer frente a essa situação. Como será essa redistribuição e quais linhas devem ter prioridade?

Tereza Cristina – Olha, o crédito oficial é sempre menor do que o que a gente gostaria que fosse, principalmente num ano fiscal difícil, com o orçamento apertado como o deste ano. Nós fizemos todo o esforço. Foram colocados R$ 13 bilhões para fazer a equalização dos juros, e esses recursos, hoje, já estão praticamente esgotados, principalmente no que se diz respeito aos investimentos, que é a maior demanda do setor. E com o crescimento da produção, com certeza, nós precisamos de mais investimentos em armazéns, onde nós tivemos aí um grande esforço, foram colocados mais de R$ 5 bilhões em linhas, [recursos] que não acabaram ainda, mas tende a acabar antes do final do ano.

Nós colocamos no Programa ABC que toda a área de sustentabilidade, recuperação de pastagens, introdução em áreas degradadas de agricultura que você precisa de investimentos para melhoria dos solos, recuperação desses solos, para que eles sejam colocados à disposição da agricultura e também de uma pecuária mais intensiva, menos extensiva, enfim, toda a parte de aves, que vem crescendo muito, suínos, então, parte aí das granjas, porque a agroindústria vem crescendo e tem que crescer na mesma proporção da produção. Nós gostaríamos de ter mais recursos, vamos alocando, nós estamos trabalhando olhando mês a mês como é que esses investimentos estão sendo tomados para que, se sobrar em algum lugar, eles possam ser realocados.

Agora, muito importante é dizer que o Ministério da Agricultura vem priorizando os pequenos agricultores, desde o primeiro dia que nós chegamos aqui no governo do presidente Bolsonaro, porque são eles que têm mais dificuldade em tomar esse crédito. [Para] Os grandes, hoje, nós fizemos a modernização do crédito rural, como novas ferramentas mais atrativas para que o mercado coloque recursos, mas os pequenos precisam dessa mão do Estado. E agora que a gente vem fazendo aqui desde o primeiro ano, e este ano, vocês puderam ver, que colocamos quase R$ 40 bilhões à disposição dos pequenos agricultores de todo o nosso país.

Fonte: Canal Rural

Os dilemas da diplomacia estadunidense para a Ibero-América
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Na esquerda a visita do Diretor da CIA, Burns ao Brasil, ao centro o conselheiro de Segurança Sullivan em visita ao Brasil e Argentina

Por Silvia Palacios Lorenzo Carrasco/MSiA
 

Em meio ao declínio estratégico global experimentado pelos EUA, o governo do presidente Joe Biden explora alternativas para reconstruir as relações estadunidenses com a Ibero-América, instáveis desde o colapso do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), quando os EUA apoiaram a Inglaterra na Guerra das Malvinas, em 1982.

Assim como ocorre no restante do mundo ocidental, o fracasso da “Nova Ordem Mundial” e de seu sucedâneo, o programa hegemônico do “Novo Século Americano”, encontra um hemisfério frágil e em crise, em especial, com um panorama de caos institucional na América do Sul. Foi neste contexto que o governo de Biden lançou uma ofensiva diplomática regional, mobilizando as suas principais peças diplomáticas.

Em julho, veio ao Brasil para uma visita-relâmpago o diretor-geral da Agência Central de Inteligência (CIA), William J. Burns, em uma evidente missão de “controle de danos”, algo que difícilmente seria conferido a um chefe da agência, uma provável resposta à inusitada participação do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, no mês anterior.

O lance mais recente, no início de agosto, foi uma turnê pelos três países de maior peso político na região, Brasil, Argentina e México, com uma delegação que incluiu o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, o diretor sênior para o Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional, Juan González, e o subsecretario de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Ricardo Zúñiga.

De acordo com a programação oficial, os temas das visitas não trouxeram grandes novidades, além de questões gerais nas áreas econômica, ambiental, segurança, meio ambiente e cooperação contra a pandemia de Covid-19.

Sem surpresa, a preocupação geopolítica central para a América do Sul é a tentativa de conter a presença econômica da China, reforçando a cruzada contra a participação da empresa chinesa Huawei na instalação da tecnologia de redes 5G nesses países.

Ao Brasil, em troca do seu alinhamento, foi oferecido torná-lo um “parceiro global” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) - o que seria um retrocesso para os interesses estratégicos brasileiros, pois o isolaria dos demais países, principalmente, da Argentina.

Em Buenos Aires, além de enfatizar a questão do sistema 5G (menos premente que no Brasil, pois a Argentina sequer concluiu os seus planos para a área), Sullivan expressou apoio nas negociações da dívida de 44 bilhões de dólares do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, prometeu colaboração para controlar a pesca ilegal da China e outras nações no Atlântico Sul. O ponto mais significativo ocorreu durante o almoço na Casa Rosada, oferecido pelo presidente Alberto Fernández, no qual Sullivan anunciou um novo conceito de defesa e segurança nacional, baseado na “saúde, meio ambiente, justiça social e estabilidade econômica e financeira dos países”.

E acrescentou: “Estamos propondo um novo pacto social. O presidente Biden busca ser uma continuidade avançada dos planos que (Franklin) Roosevelt e (Lyndon) Johnson propuseram em sua época (Infobae, 08/08/2021).”

No México, a agenda foi um pouco diferente, tanto pela proximidade geográfica como quanto pelo acordo de livre comércio T-MEC (NAFTA 2.0), que mantém o país dependente dos interesses comerciais do seu parceiro estadunidense. O presidente Andrés Manuel López Obrador recebeu a delegação, enfatizando a sua proposta de vincular as questões de emigração e segurança a projetos de desenvolvimento econômico, especialmente, para a América Central e o sul do México. Igualmente, foi anunciado o convite para que o presidente Joe Biden visite o país no próximo mês de setembro, além do restabelecimento de um mecanismo de negociação de alto nível para a realização de projetos colaborativos entre as nações da América do Norte.

De fato, seria bastante positivo para uma nova ordem hemisférica se a diplomacia estadunidense se engajasse realmente em uma versão aprimorada das políticas de Roosevelt, deixando para trás as suas pretensões “excepcionalistas” e abrindo caminho para a cooperação dos Estados Unidos com o resto do continente, com base no respeito à soberania dos Estados e no princípio da não intervenção nos assuntos internos.

Ou seja, sem a prevalência da ordem hegemônica até agora reinante. Em realidade, a dissolução do TIAR, em 1982, foi o acontecimento histórico que marcou o início de uma ofensiva da superpotência estadunidense e seus aliados liberais hemisféricos contra os Estados nacionais e as Forças Armadas da Ibero-América. Este foi o propósito da criação, no mesmo ano, do Diálogo Interamericano (DI), que, desde então, tem ajudado a formular a política externa para o hemisfério, tanto nos governos democratas como republicanos, promovendo o mesmo programa supranacional das duas correntes políticas: neoliberalismo, legalização das drogas, ambientalismo, indigenismo e políticas “identitárias”.

O seu antípoda para a restauração da ordem hemisférica seria um modelo de cooperação não muito distante do sistema de economia nacional concebido pelos fundadores da União Americana, baseado no fomento da industrialização e das capacidades produtivas do país em geral, o qual foi a base do poderio econômico estadunidense até a década de 1970.

Um bom momento para retornar às suas origens anticoloniais, quando os Estados Unidos se tornaram independentes do Império Britânico e da ditadura financeira do Banco da Inglaterra (que adotaram depois, com o Sistema da Reserva FederaL), criando um sistema de crédito voltado para projetos de economia física e intensivo em inovação tecnológica. A recuperação industrial estadunidense, nesse sentido, estaria plenamente de acordo com os interesses soberanos das nações ibero-americanas.

Este é o único futuro possível, em face do colapso desenfreado de uma ordem mundial supremacista. A alternativa seria um caos de desdobramentos imprevisíveis em escala global.

Voltar à História, resgatar o verdadeiro passado das versões distorcidas que surgiram das chamadas guerras de independência, negar a grande origem de uma civilização mestiça, é a tarefa das nações ibero-americanas para se livrarem do colonialismo mental imposto pelo Iluminismo. Só assim, o subcontinente poderá escapar ao pior colapso institucional da sua história, com o descrédito generalizado dos seus partidos políticos e os sistemas econômicos voltados para alimentar a usura da globalização financeira. O outro caminho é embarcar em um novo caminho colonial, permitindo que experimentos “etnonacionalistas” ajudem a desintegrar as nações ibero-americanas.

A recuperação industrial dos Estados Unidos e a retomada do projeto civilizatório ibero-americano serão, então, as duas pernas para a renovação de um sistema hemisférico de segurança e desenvolvimento.

Defesanet

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